A tensão entre Guiana e Venezuela aumentou após a promulgação de uma lei pela Venezuela para anexar a região do Essequibo, território rico em petróleo e recursos naturais. O governo guianense reafirmou seu protesto contra a ação venezuelana, considerando-a uma "violação flagrante" do direito internacional.
A lei foi promulgada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante uma cerimônia na Assembleia Nacional. Esta lei reafirma a soberania da Venezuela sobre o Essequibo e alega a existência de "bases militares secretas" dos Estados Unidos na região.
A Guiana, por sua vez, criticou a ação da Venezuela, afirmando que a tentativa de anexação de parte de seu território soberano é uma clara violação dos princípios do direito internacional. Além disso, a normativa venezuelana contradiz acordos anteriores, como a Declaração Conjunta de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela.
O conflito entre os dois países tem origem em disputas históricas sobre a delimitação da fronteira. Enquanto a Venezuela argumenta que o rio Essequibo deve ser a fronteira natural bilateral, com base em acordos do período do Império espanhol, a Guiana sustenta que a jurisdição da região, estabelecida durante a época colonial inglesa, foi ratificada em 1899 por um tribunal de arbitragem de Paris.
Diante da situação, a Guiana alertou a Venezuela e organismos internacionais como Celac, OEA e ONU, de que não tolerará a anexação, apropriação ou ocupação de qualquer parte de seu território soberano.