O Rio Grande do Sul participará da Operação Roraima com o envio de tropas para a fronteira do Brasil com a Venezuela e Guiana. Cerca de 150 militares da 6ª Divisão de Exército das unidades de Santana do Livramento, Bagé e Jaguarão serão mobilizados para atuar na região.
A decisão foi anunciada pelo Comandante do Comando Militar do Sul (CMS), general Hertz Pires do Nascimento, durante a cerimônia do Dia do Exército. O reforço na presença militar em Roraima ocorre em meio às tensões entre Venezuela e Guiana devido à disputa pelo território de Essequibo, rico em petróleo.
As tropas gaúchas, que substituirão outro contingente do CMS, contarão com membros de unidades de Cavalaria Mecanizada. Além disso, viaturas blindadas, incluindo um grupamento de 28 blindados, já foram enviadas para reforçar a fronteira com a Guiana.
A presença de blindados na região amazônica, como Roraima, é estratégica devido à geografia favorável ao uso de carros de combate no patrulhamento do território, conhecido como Lavradio. A Operação Roraima visa aumentar em 10% o efetivo de tropas nos Comandos Militares do Norte e da Amazônia, com o objetivo de modernizar a defesa nas regiões fronteiriças.
A transferência de tropas e equipamentos militares para Roraima teve início após o referendo realizado pelos eleitores venezuelanos em dezembro de 2023, aprovando a incorporação de Essequibo pela Venezuela. Essa ação reacendeu a disputa histórica pelo território, que remonta ao século 19.
A ampliação da estrutura da unidade militar de Roraima prevê a transformação de esquadrão para regimento até 2025, aumentando o efetivo para cerca de 600 militares de Cavalaria Mecanizada. Com a presença de viaturas blindadas modernas, a defesa na região se fortalecerá diante das crescentes tensões geopolíticas.