Uma megaoperação coordenada pelo Governo Federal na Terra Indígena Yanomami resultou em prejuízos devastadores para o garimpo ilegal que atuava na região. Estima-se que mais de R$110 milhões tenham sido perdidos pelos criminosos, marcando um golpe significativo nas atividades ilegais de extração mineral.
As ações planejadas e executadas pelos 31 órgãos federais presentes na região resultaram na destruição da infraestrutura utilizada pelos garimpeiros. A inutilização de aeronaves, motores, geradores e outros equipamentos foi um dos principais impactos dessa operação, que também incluiu apreensões de ouro e minérios no valor de R$9 milhões, veículos no valor de R$2 milhões e multas que já alcançam R$11 milhões.
O custo do garimpo ilegal na Terra Yanomami não apenas se mostrou financeiramente inviável, mas também apresentou um aumento significativo de 40% nos últimos meses, segundo dados levantados através do trabalho de inteligência dos órgãos federais. O aluguel de barcos por R$25 mil, o frete de voos por R$15 mil e os pagamentos mensais de até R$200 mil a pilotos de aeronaves ilustram a grandeza dos investimentos necessários para manter a atividade criminosa.
Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo responsável pela articulação das operações na região, enfatizou o impacto dos prejuízos impostos ao garimpo ilegal, destacando que a Terra Yanomami segue para uma nova fase de combate a essas práticas ilegais. "Os resultados já alcançados mostram a efetividade da articulação e do planejamento instituído a partir da instalação da casa de Governo. É importante destacar que estamos falando da maior terra indígena do Brasil, onde as riquezas do solo, dos rios, atraíram a atividade criminosa, com altos volumes de investimentos para a prática ilegal do garimpo. Mas estamos mostrando aos criminosos que não vamos tolerar a continuidade desta exploração”, afirmou.