A milésima operação de segurança do Governo Federal na Terra Indígena Yanomami para a retirada do garimpo ilegal ocorreu no sábado, 13 de julho.
A ação foi realizada na região de Palimiú com a participação do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Força Nacional e Funai.
Foram destruídos equipamentos de mineração e apreendidos cerca de uma tonelada de cassiterita, 140 litros de combustível, uma antena Starlink e uma tesoura de corte. Houve, ainda, a detenção de um suspeito envolvido na atividade do garimpo ilegal.
A partir da implantação da Casa de Governo, em 29 de fevereiro deste ano, o objetivo prioritário é o combate à logística arquitetada pelos criminosos para o acesso às riquezas da maior terra indígena do Brasil, situada na Amazônia.
Desde o início dos trabalhos, já foram apreendidas e inutilizadas 18 aeronaves, mais de 72 mil litros de óleo diesel, 467 motores, 54 antenas Starlink, 38 toneladas de cassiterita e 10.848 quilos de ouro. No período, 59 pessoas foram presas.
“É um marco. Em cinco meses, enfrentamos com determinação, inteligência, coordenação e parceria o garimpo ilegal que tanta destruição ocasionou à Terra Yanomami e a seus detentores”, afirmou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino.
O planejamento do Governo Federal para os próximos meses é consolidar a retirada de invasores, ampliar as políticas públicas e promover a autonomia dos yanomami, em especial para a saúde e a segurança alimentar.
“Sem o garimpo, damos espaço para que novas medidas sejam implementadas pelos órgãos federais que atuam na pauta indígena. Ainda é preciso muito apoio para o resgate do povo yanomami. Os estragos do garimpo, como a contaminação por mercúrio e a disseminação de doenças, somados aos anos de descaso, deixaram uma herança de terra arrasada. É para mudar esta realidade que estamos trabalhando”, complementou Tubino.
Além dos dados de apreensões e destruição da infraestrutura criminosa, o governo já registra queda acentuada da atividade ilegal, bem como o aumento dos custos para exploração do garimpo na Terra Indígena Yanomami.
O número de alerta de garimpo na Terra Indígena Yanomami teve queda de 73% no período de janeiro, fevereiro, março e abril de 2024, comparado ao mesmo período em 2023, de acordo com o Censipam, órgão vinculado ao Ministério da Defesa. Já os custos para a atividade do garimpo ilegal ficaram 40% mais caros.