O Exército brasileiro está considerando o envio de 3.000 militares de forma permanente para a Terra Indígena Yanomami, como resposta à crise causada pela presença de garimpeiros na região. A decisão partiu do comandante do Exército, general Tomás Paiva, que solicitou estudos para aumentar o efetivo militar na Amazônia em cerca de 10%.
A intensificação da presença militar na região seria uma medida para combater a crise humanitária enfrentada pelos indígenas Yanomami, que sofrem com a presença de garimpeiros, a falta de acesso a alimentos e surtos de malária. A desnutrição é um dos principais problemas enfrentados, uma vez que a contaminação dos rios pelo garimpo tem impactado a pesca, fonte de proteína essencial para a população local.
Além do aumento do efetivo, o Exército planeja instalar dois destacamentos na Amazônia, nos leitos dos rios Uraricoera e Mucajaí, visando facilitar a logística de transporte de pessoal e suprimentos na região. A intenção é também ampliar a frota de helicópteros para utilização na Amazônia, porém, os militares alegam dificuldades orçamentárias para concretizar essa parte do plano.