No Brasil, a desigualdade na expectativa de vida dos habitantes das capitais é evidente, com diferenças significativas sendo destacadas pelo Mapa da Desigualdade entre as capitais brasileiras. Um dos dados que mais chama atenção é a idade média ao morrer em Boa Vista, que gira em torno de 57 anos, uma das mais baixas do país.
Segundo o estudo lançado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, a primeira edição do Mapa da Desigualdade revelou que a idade média ao morrer varia em até 15 anos entre as capitais brasileiras. Enquanto em Belo Horizonte e Porto Alegre a média gira em torno de 72 anos, em Boa Vista é de apenas 57 anos. Esse contraste expõe de forma contundente a desigualdade presente no país e ressalta a importância dos investimentos em políticas públicas nessas regiões.
Os indicadores analisados apontam que questões como saneamento, habitação, saúde e educação estão diretamente relacionadas com a expectativa de vida da população. Cidades com índices mais baixos muitas vezes apresentam problemas graves nessas áreas, refletindo em uma menor qualidade de vida e menor expectativa de vida para os seus habitantes.
O coordenador do Instituto, Jorge Abrahão, destaca a necessidade de investimentos focados nessas questões para reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população. Ele ressalta que as eleições municipais de 2024 são uma oportunidade para a população cobrar dos candidatos propostas que enfrentem esses desafios e promovam a igualdade entre as regiões do país.
“É importante que as cidades se enxerguem para que possam ver onde é que estão suas maiores fragilidades e, a partir daí, discutam esses problemas com os candidatos dos diferentes partidos para verificar como é que esses candidatos estão olhando para os principais problemas das cidades e só então fazerem suas escolhas.”