A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento do inquérito que investigava o suposto recebimento de propina pelo senador Renan Calheiros (MDB) e pelo ex-senador Romero Jucá (MDB) no âmbito da Operação Lava Jato.
A investigação teve início a partir das delações da antiga Odebrecht, que apontavam pagamentos de R$ 5 milhões aos parlamentares em troca da aprovação de leis que beneficiariam subsidiárias da empresa no exterior.
Segundo a PGR, as investigações realizadas pela Polícia Federal não conseguiram confirmar as acusações contra os políticos, faltando elementos que sustentassem a participação irregular deles nos fatos alegados.
O procurador-Geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a investigação não obteve êxito em comprovar o recebimento de vantagem indevida por parte de Renan Calheiros, baseando-se apenas em relatos unilaterais dos colaboradores.
Diante da falta de novos elementos que pudessem mudar a conclusão do caso e considerando que os fatos investigados remontam a 2014, a PGR concluiu pela ausência de justa causa para uma ação penal e pela inexistência de outras diligências que poderiam dar continuidade às investigações.
Com a manifestação de Gonet, os autos agora serão analisados pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, que deverá determinar o arquivamento da investigação.