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Saúde

Vírus mayaro e chikungunya estão circulando ao mesmo tempo em Roraima, apontam pesquisadores

O estudo analisou 822 amostras de sangue coletadas entre dezembro de 2018 e dezembro de 2021 em Roraima, durante surtos de dengue e chikungunya

Publicada em 21/05/24 às 13:38h

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Vírus mayaro e chikungunya estão circulando ao mesmo tempo em Roraima, apontam pesquisadores
Presença simultânea de ambos os vírus foi constatada nas mesmas regiões.  (Foto: Acervo dos pesquisadores)

Um estudo recentemente publicado na revista Emerging Infectious Diseases revelou que os vírus mayaro e chikungunya estão circulando simultaneamente no Estado de Roraima, fenômeno conhecido como cocirculação. 

Esta descoberta surpreendeu os pesquisadores, que inicialmente esperavam que a alta taxa de infecção por um dos patógenos impediria a circulação do outro vírus. 

O professor José Luiz Proença-Modena, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e um dos autores do estudo, explicou que, devido ao alto grau de compartilhamento antigênico entre o mayaro e chikungunya, acreditava-se que a infecção por um dos vírus protegeria contra o outro. No entanto, a presença simultânea de ambos os vírus foi constatada nas mesmas regiões.

“Como mayaro e chikungunya têm alto grau de compartilhamento antigênico, era esperado que uma infecção protegesse o indivíduo da outra. Ou seja, a crença era de que os anticorpos específicos e os linfócitos T [células do sistema imune] produzidos como resposta à infecção por um dos vírus tivessem a capacidade de reconhecer o outro. Entretanto, ao contrário disso, detectamos mayaro e chikungunya nas mesmas regiões”, diz.

Os pesquisadores enfatizam a importância da implementação de métodos moleculares para um diagnóstico preciso, como os exames do tipo RT-PCR, devido à semelhança dos sintomas causados por essas doenças. Além disso, ressaltam a necessidade de vigilância molecular e genômica ampliada para monitorar o potencial estabelecimento do mayaro em ambientes urbanos, especialmente devido ao desmatamento causado pela exploração ilegal de recursos naturais, como o garimpo.

O estudo analisou 822 amostras de sangue coletadas entre dezembro de 2018 e dezembro de 2021 em Roraima, durante surtos de dengue e chikungunya. Destas amostras, 190 testaram positivo para algum arbovírus, sendo 146 para dengue, 28 para mayaro e 16 para chikungunya. Além disso, foi observada uma alta frequência de dengue, incluindo casos de coinfecção por diferentes sorotipos. A maioria dos casos (76,9%) não teve o agente infeccioso identificado, indicando a possibilidade da presença de novos vírus na região.




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