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Saúde

“Definitivamente, estamos em um novo ciclo”, diz a ministra da Saúde sobre avanços no território Yanomami

Nísia Trindade voltou a afirmar que o investimento da saúde indígena é um trabalho prioritário da pasta

Publicada em 13/08/24 às 18:25h

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“Definitivamente, estamos em um novo ciclo”, diz a ministra da Saúde sobre avanços no território Yanomami
Nísia Trindade também destacou os avanços da assistência no território.   (Foto: Rafael Nascimento/MS)
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que a assistência no território Yanomami vive uma nova etapa, com mais atendimentos e cuidados com os indígenas. A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (13), em Boa Vista, onde ela cumpriu agenda de trabalho.

A ministra reforçou que o investimento da saúde indígena é um trabalho prioritário da pasta e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Conseguimos, num esforço muito grande, a desintrusão do garimpo, a melhoria de indicadores de saúde e o fortalecimento dos cuidados com a população indígena. Definitivamente, estamos em um novo ciclo. Sabemos como essa crise afeta a realidade do povo Yanomami. Estamos empenhados para solucionar as questões”, frisou.

Nísia Trindade também destacou os avanços da assistência no território. Entre as ações mais expressivas, ela destacou a reabertura de sete polos base. Ao todo, 5,2 mil indígenas voltaram a ter acesso aos serviços de saúde.

“Estamos com todos os 37 polos de saúde abertos. Havia um número muito expressivo de indígenas sem assistência, o que mudamos no nosso governo. Além disso, estamos com um trabalho de fortalecimento da gestão da saúde indígena”, salientou.

 “É de fato uma fase muito importante para a gente. Serão incorporados 400 profissionais na saúde indígena aqui. Com outros ministérios, vamos trabalhar a reestruturação social do povo. É um momento de muito desafios, mas temos avanços. É essencial o diálogo com a sociedade e as lideranças indígenas”, concluiu Trindade.  

FORTALECIMENTO DA GESTÃO - O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, chamou a atenção para o fortalecimento da gestão da saúde indígena em Roraima, o que foi gravemente afetado entre 2019 e 2022.

“Temos atuado para reestruturar a gestão dos polos base, do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami e da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) Yanomami, em Boa Vista. A experiência no território Yanomami tem trazido grandes ensinamentos para o aperfeiçoamento da política nacional de saúde indígena”, completou.

Weibe Tapeba sinalizou que os investimentos na infraestrutura da saúde na região continuarão sendo reforçados. O mais recente anúncio é a contratação de 15 médicos especialistas. “Até o fim do ano, teremos 80 médicos no território. Hoje, são 37. Quando assumimos o governo eram apenas quatro”, frisou.

Secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba - Foto: Rafael Nascimento/MS


BOLETIM - A visita da ministra à Boa Vista ocorre dias depois de o Ministério da Saúde divulgar um novo informe do Comitê de Operações Emergenciais (COE) Yanomami. No primeiro trimestre deste ano, foram notificados 74 óbitos no território. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma queda de 33%. Nos três primeiros meses de 2023 foram registradas 111 mortes. O documento ressalta que os principais agravos tiveram queda como, óbitos por malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves. 

O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde investe para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal. A pasta aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater doenças, como a malária e a desnutrição, no território.



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